sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Álbuns de Referência

Eleger o melhor álbum do Rock ou de qualquer outra categoria musical não só é ingrato, como é no mínimo ridículo. Se não vejamos: antes de mais convém definir quais são os critérios de avaliação correctos para atribuir esse “troféu, e desde logo salta à vista o aspecto comercial para tirar as teimas, afinal costuma-se dizer que os números não enganam. Contabiliza-se o número de cópias vendidas de determinado álbum, quantos hit-singles dele se extraíram, o airplay conseguido em rádios, tv e agora internet, e até aquele hitezinho que conseguiu um cachet extraordinário para a banda ou músico num qualquer anúncio de publicidade. Ora nada disto é sinónimo de qualidade musical, apenas de bom suporte comercial.

Depois há os eruditos da matéria, os críticos, que analisam os diversos aspectos musicais, tais como o nível de composição e execução das faixas que compõem um álbum, a parte instrumental, as letras, o alinhamento, o conceito (se houver), a qualidade sonora, o grafismo etc… mas cada crítico, apesar de um ouvido mais apurado que os demais ouvintes, não deixa de ser uma pessoa com gostos e desgostos pessoais, cuja opinião nunca é de todo imparcial e se subjuga antes às suas tendências auditivas, o que torna sempre muito subjectiva qualquer crítica ou juízo de valor que faça.

Talvez o fenómeno mais fidedigno de avaliação sejam os inquéritos de opinião junto do público, onde através de voto este elege os seus álbuns predilectos, e o mais votado recebe o prémio de “melhor álbum”. Contudo nem todos os fãs são entusiastas destes actos eleitorais e a diversidade de ouvintes é por natureza incompatível com a consensualidade entre eles, gerando sempre minorias orgulhosas, que não raras vezes são mais instruídos musicalmente que as grandes massas afectas a hypes, e como tal não se revêem nos eleitos destas.

Por estas razões e mais algumas, como a questão do género e sub-género em que cada um cataloga determinado álbum (Rock, Metal… Melódico, Progressivo…etc) é sempre muito dúbia e subjectiva a dita “eleição suprema”, o “melhor dos melhores”. Não existe tal coisa como “o melhor álbum”. Existem sim “álbuns de referência”, que por uma razão ou outra marcaram uma era, uma geração, uma inovação no espectro musical, um quebrar com qualquer coisa e iniciar outra, etc. No Rock lembro-me agora de um Dark Side of The Moon dos Pink Floyd, um London Calling dos The Clash, um Master Of Puppets dos Metallica ou Nevermind dos Nirvana, entre outros “enésimos álbuns de referência” que por uma razão ou outra ficaram para a história.

Neste sentido convidamos todos os Rockeiros a partilharem connosco quais são os vossos álbuns de referência dentro dos estilos que apreciam. Desta forma também nos estarão a ajudar a elaborar as melhores playlists para passar nos bares ROCKgardenCLUB.

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